Vista cansada, passo torpe, boca seca, certeza do tempo avassalador tomando conta do preâmbulo do fim.
Não se trata de morbidez ou mesmo de traço de queda e devaneio depressivo e sim de constatação.
Assim é nosso aliado, o tempo, que nos coloca sempre de frente com o inevitável.
Quando menos esperamos, lá está ele parado, dinâmico diante de nosso desespero. Implacável e dilacerante, retira toda a possibilidade de defesa. Não há ação que o impeça de fazer sua missão em nossas parcas passagens pela orbe terrestre.
Se formos ler de forma estrita suas marcas e seus símbolos o que veremos será a nós mesmos em cada atmo de sua nudez absoluta e se pudéssemos dizê-lo, estáticos diante de sua sagaz e quimérica atuação.
Assim será a trajetória deste espaço de auto descrição. Sem subjugar o verbo, tecerei algumas das inúmeras reminiscências de minha trajetória e isto se conseguir, se dará entre poesias, prosas e algumas digressões mais elaboradas de meu entendimento (se posso permitir dizer isto?) do arcabouço e do envoltório da psiquê humana.
Guilherme Dias
09 de fevereiro de 2011
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