sábado, 26 de novembro de 2011

Inquirições

O segredo da resposta está na pergunta que se faz.
Sofre o que busca resposta sem nem sequer expressar a pergunta que irá deflagrá-la

O exercício de perguntar é quase uma arte que poucos desenvolvem...
A razão: medo do que irá receber de resposta

Parece simples buscar respostas
O mesmo não pode ser dito às questões que irão suscitá-las.

Sutil e sibilina ao mesmo tempo uma pergunta pode significar
a diferença entre um "felizes para sempre" e um quadro sorumbático eterno;
um amargor que mesmo tendo suturas emocionais, ainda perdurará perturbado pela pergunta.

Assim, o grande cuidado da busca de si mesmo
está na habilidade em formular a questão.

O receio da resposta as vezes distancia o curioso da pergunta acertada
e este passa parte da vida exercitando a interrogação errada.

Não há o que se preocupar; é quase uma máxima...
Ninguém quer de verdade saber a resposta...
É uma fábula que habita o inconsciente coletivo.

Quando buscamos o significado das nossas "próprias coisas"
o que normalmente achamos é um pouco de nós mesmos....
E nem sempre o que vemos nos é agradável aos olhos.

Neste sentido permanecemos insistindo em errar no questionamento
e seguimos com as vendas nos olhos, alheios ao que realmente somos.

O convite provocador que sempre fica no ar
é o seguinte:
Qual é sua pergunta? Você já fez ela hoje?

Inquirições!?

domingo, 13 de novembro de 2011

Menestrel

Abre as portas, do meu rancho aurora
Fui ouvir lá fora a manhã gritar
Vem serenata
Que é chegada a hora
De partir ligeiro
Para o amor cantar

"Brisa ponteava
Cordas sublimes
De uma viola
Toda ao amanhecer"

Montei no potro
Sonho douradio
Campeando ansioso
Querenças de amor

Cavalguei nos raios
Olhei luz do Sol
A rédeas soltas
Procurando ter:
Braços alados e as mãos pensantes
Todo andança, só para ter ver.

Semeei sorrisos
Para um fiangre largo
Na moxi lavados
Perdido de amores
Nem mais de meio, meio caminho andado
Briguei com as horas pro tempo correr

" E eu ja posso agora, ser Simão ou Pedro; senão da Silva
Pois agora, agora vou sorrir"

Vou ser a chuva atirada do céu
Ou ser o dono da rosa abriu
Num jardim azul
De uma poesia
Em braços de seda
E beijos de mel

Vou dar agora
Versos a menina
Morena viola
Vou ser menestrel.

Angelo Antonio (canta em "Ovelha Negra" novela dos anos setenta/oitenta)
Simplesmente maravilhosa a poesia