sábado, 26 de março de 2011

Devaneio vespertino

Era um fim de tarde como qualquer outro.
Os pássaros cantavam desatinadamente em  busca de seus ninhos;
Carros passavam podendo ser ouvidos claramente, até atrapalhando o silêncio oferecido ao momento.

Nada parecia se mexer além disto.
O ar estático, árvores imóveis denunciando o prelúdio vespertino.
Quando uma brisa suave cortou a sensação bucólica e trouxe a realidade de volta aos sentidos.

Como às vezes parece ser melhor a negação do tempo,
a ignorância dos fatos,
o distanciamento do espaço no entorno.

Mas o círculo irrefutável da vida sempre é implacável;
Não deixa margem para a fuga e querendo ou não somos obrigados a olhar para dentro de nós....
e nem sempre queremos isto?!

E como é impossível evitar o inevitável,
refutar o irrefutável...
É ativada a máquina de pensar e existir.

Cabeça e coração novamente ligados,
segue amorfo o elefante do Drummond
tateando pelas paredes da consciência.

Ainda bem que o elefante é uma alegoria;
a tarde ocorre todos os dias e
a vida; esta é eterna.

Guilherme Dias
26/03/2011
18h29m

terça-feira, 1 de março de 2011

Quando Amei Demais

- Tem coisas que lemos que gostariamos de ter escrito, esta é uma delas; não conferi a veracidade ou autenticidade do autor, mas repasso como recebi. Boa leitura!

Quando me amei de verdade, compreendi que em qualquer circunstância, eu estava no lugar certo, na hora certa, no momento exato.
E então, pude relaxar.
Hoje sei que isso tem nome... Auto-estima.
Quando me amei de verdade, pude perceber que minha angústia, meu sofrimento emocional, não passa de um sinal de que estou indo contra minhas verdades.
Hoje sei que isso é...Autenticidade.
Quando me amei de verdade, parei de desejar que a minha vida fosse diferente e comecei a ver que tudo o que acontece contribui para o meu crescimento.
Hoje chamo isso de... Amadurecimento.
Quando me amei de verdade, comecei a perceber como é ofensivo tentar forçar alguma situação ou alguém apenas para realizar aquilo que desejo, mesmo sabendo que não é o momento ou a pessoa não está preparada, inclusive eu mesmo.
Hoje sei que o nome disso é... Respeito.
Quando me amei de verdade comecei a me livrar de tudo que não fosse saudável... Pessoas, tarefas, tudo e qualquer coisa que me pusesse para baixo. De início minha razão chamou essa atitude de egoísmo.
Hoje sei que se chama... Amor-próprio.
Quando me amei de verdade, deixei de temer o meu tempo livre e desisti de fazer grandes planos, abandonei os projetos megalômanos de futuro.
Hoje faço o que acho certo, o que gosto, quando quero e no meu próprio ritmo.
Hoje sei que isso é... Simplicidade.
Quando me amei de verdade, desisti de querer sempre ter razão e, com isso, errei muitas menos vezes.
Hoje descobri a... Humildade.
Quando me amei de verdade, desisti de ficar revivendo o passado e de preocupar com o futuro. Agora, me mantenho no presente, que é onde a vida acontece.
Hoje vivo um dia de cada vez. Isso é... Plenitude.
Quando me amei de verdade, percebi que minha mente pode me atormentar e me decepcionar. Mas quando a coloco a serviço do meu coração, ela se torna uma grande e valiosa aliada.
Tudo isso é... Saber viver!!!

Charles Chaplin